Máximas de um ateísmo hedonista

1 de dezembro de 2015

Preservar a natureza e não destruí-la; aceitar nosso destino de mamíferos; colocar a cultura a serviço da pulsão de vida; lutar contra toda pulsão de morte; querer uma vida natural como um remédio à vida mutilada; trabalhar para viver e não viver para trabalhar; viver intensamente o momento presente; viver sendo e não sobreviver tendo; tomar consciência de ser pura matéria; saber que nós não somos na natureza, mas somos a natureza; saber identificar os predadores para nos defender; refutar qualquer pensamento mágico; usar a física para abolir a metafísica; interrogar o conhecimento pré-cristão para chegar a uma saber pós-cristão; evitar qualquer saber inútil do ponto de vista existencial; usar a razão contra as superstições; reativar o tetrafármaco de Epicuro: a morte não é um mal, o sofrimento é suportável, os deuses não devem ser temidos, a felicidade é possível; preparar a própria morte por meio de uma vida adequada e praticar uma filosofia para aprender realmente a morrer; saber que o homem e o os animais são diversos por grau, mas não por natureza; tratar os animais como alter ego diversos; recusar-se a se tornar um animal predador; excluir a possibilidade de infligir sofrimento a outros seres vivos; recusar a transformar em espetáculo a morte de um animal; reconciliar-se com os animais; aprender com os animais; fazer da etologia a primeira ciência; construir-se uma alimentação frugal.

Extraídas de Cosmo, de Michel Onfray. Ponte Alle Grazie: Milano, 2015, p.485/487.

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Comentários

  1. Somos todos um, mas como o homem pode ser feliz se trata mal seu próximo, o homem só será feliz quando tratar todos como a si mesmo, deve parar de viver como se fosse o centro do universo para substituir por um espiríto de convívio em comum com todo o universo.

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